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SERVIÇOS PÚBLICOS

Atendimento prestado por motolância do SAMU faz a diferença em Praia Grande/SP

Unidade móvel é responsável por chegar primeiro e fazer os primeiros socorros

Da Redação

27/05/2025 - terça às 10h28

Você sabia que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de  Praia Grande possui em sua frota uma motolância, responsável por  agilizar os atendimentos na Cidade? A Unidade Rápida de Atendimento  por Motociclista (URAM) chega mais rápido nas ocorrências e presta um  valoroso serviço à população.
 

Criado em 2008 pelo governo federal, esse serviço contribui com a  diminuição do tempo-resposta das ocorrências, pois a motocicleta  supera dificuldades de tráfego e também adentra locais de difícil  acesso. Além disso, o profissional pode auxiliar no atendimento  prestado pelas equipes de Unidade de Suporte Avançado (USA) ou Unidade  de Suporte Básico (USB). Funcionando desde 2014 no Município, esse  serviço é acionado pela Central de Regulação do SAMU, que recebe o  chamado pelo 192 e aciona os recursos necessários para o atendimento  da ocorrência.
 

“As URAMs chegam antes das ambulâncias e a gente tem esse papel de  tentar reverter uma parada cardiorrespiratória, uma broncoaspiração,  uma obstrução do trato respiratório, atender um baleado, uma vítima de  afogamento, dar um suporte mais avançado junto ao bombeiros, chegar a  locais de difícil acesso, seja em uma área de mata que já realizamos  atendimento ou mesmo em um acidente na Via Expressa Sul, por exemplo,  que pode afetar o trânsito e a motolância consegue chegar antes e  fazer os primeiros atendimentos”, explica o técnico de enfermagem  condutor de motolância, Marcio Pires, que atua nesse trabalho em Praia  Grande desde seu início.
 

O serviço realizado pelo técnico e a motolância efetua uma média de 20  atendimentos na semana. A unidade está estrategicamente situada na  base do SAMU da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Quietude,  permitindo o acesso mais breve possível em todo o território e, às  vezes, prestar suporte até em Mongaguá, a depender da gravidade da  ocorrência na cidade vizinha.
 

“Em casos de acidentes em vias, eu chego com a moto antes, organizo o  trânsito e já vou passando para a Central via rádio o que está  acontecendo e os tipos de recursos que serão necessários. Por exemplo,  se tiver carga perigosa, se for vazamento, caso tenha um incêndio, ou  uma vítima presa às ferragens, se há fratura exposta, o que vai  demandar uma USA, se tiver múltiplas vítimas vou precisar de mais  unidades. E quando as ambulâncias chegam eu ajudo no atendimento. E ao  término da ocorrência no local, em algumas situações, vou na frente do  veículo para que a ambulância chegue o mais rápido ao seu destino”,  conta Pires.
 

A motolância conta com diversos insumos e equipamentos para auxiliar o  profissional no atendimento. Entre eles o desfibrilador externo  automático (DEA), talas para imobilização de traumas, ataduras,  compressas, gazes, material para punção, materiais de vias aéreas. “Eu  chego e faço os exames primários, verifico sinais vitais, pulso,  respiração, meço a glicemia capilar (que vê a quantidade de glicose no  sangue), uso o oxímetro (que mede a saturação do oxigênio no sangue).  Por exemplo, no caso de uma pessoa diabética, em que a hipoglicemia  mata muito mais rápido que a hiperglicemia, após o exame eu posso  fazer um acesso venoso no paciente e aplicar glicose, de acordo com a  orientação médica pela Central”.
 

Experiência – Com 30 anos de experiência em salvamentos, Pires passou  pelo Exército, possui a formação de auxiliar e técnico de enfermagem.  O profissional já atuou como bombeiro industrial, guarda-vidas e  comandou o serviço de resgate da Rodovia Rio-Santos, pelo Departamento  de Estradas e Rodagem de São Paulo (DER-SP), por 10 anos. Com toda  essa experiência na bagagem, sua maior alegria é quando o atendimento  é concluído com sucesso.
 

“Eu gosto dessa adrenalina, sou um apaixonado pelo que faço. Quando  você chega e faz a diferença na vida da pessoa, você vê o alívio das  pessoas naquele momento, em que você chega ao local e já faz o  atendimento. O sentimento é único. Não tem como descrever a satisfação  de estar na frente desse serviço, eu gosto muito”, comenta,  emocionado, Pires.
 

Frota – À motolância se soma com uma pujante frota do SAMU, renovada  em março de 2025 com a aquisição de nove novas ambulâncias.  Atualmente, o SAMU possui uma frota composta por 11 ambulâncias e uma  motolância, além de cinco veículos de reserva técnica. Esses novos  veículos são equipados com kit contendo desfibrilador externo  automático (DEA), oxímetro e aspirador portátil.
 

Um dos destaques das novas ambulâncias do SAMU é a Unidade de Suporte  Avançado (USA) com UTI Neonatal. O equipamento visa ampliar e dar mais  qualidade à assistência dos bebês recém-nascidos que necessitarem de  transporte de urgência e emergência.
 

A frota de Unidades de Transporte de Saúde (UTS) também foi  completamente renovada e ampliada, com a aquisição de oito novos  veículos. Até então, eram cinco que faziam o transporte de pacientes  entre unidades de saúde. Com a nova aquisição pela Administração  Municipal, o serviço passa a contar com oito unidades novas e  modernas. As UTS fazem o transporte e remoção de pacientes que atendem  a critérios específicos, como estarem acamados ou ainda serem oxigênio  dependentes. Os atendidos devem possuir laudos para usufruírem do  serviço.
 

Referência – Praia Grande possui uma das melhores estruturas de  Urgência e Emergência da Baixada Santista. O Município conta  atualmente com quatro bases descentralizadas do SAMU que fazem o  atendimento de urgência e emergência em todo o território. As unidades  ficam nos bairros Boqueirão, Maracanã, Quietude e Samambaia. A  disposição das bases operacionais em Praia Grande é um dos motivos  apontados para a rapidez nos atendimentos prestados. Para acionar o  SAMU, basta discar 192.
 

Além das bases descentralizadas do SAMU, a Cidade possui ainda três  unidades de saúde que são referências para os atendimentos de Urgência  e Emergência na Cidade e formam uma das estruturas mais completas da  Baixada Santista neste setor. São elas: o Pronto-Socorro Central, no  Bairro Guilhermina, e as UPAs dos bairros Quietude e Samambaia, que  atendem 24 horas por dia, sete dias por semana.
 

A esses equipamentos se soma o Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID),  que recebe os casos de maior complexidade e faz cirurgias de urgência  e emergência e também procedimentos eletivos (previamente agendados,  que não são urgentes). Com mais de 250 leitos, o HMID é  unidade-referência do Estado na Baixada Santista nas especialidades  traumatologia e neurocirurgia e atende pacientes de toda a Região. A  unidade hospitalar realiza ainda cirurgias em diversas outras áreas,  em especial cirurgia vascular, atendendo inclusive, casos complexos.

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