EDUCAÇÃO
Estudantes da escola integral Vera Lúcia vão monitorar mensalmente impactos da ação
Da Redação
15/08/2025 - sexta às 19h37
Na manhã desta quinta-feira (14), alunos da AMEI Vera Lúcia (Cidade Náutica) participaram de uma atividade especial de educação ambiental. A ação faz parte do projeto "Entre a Serra e o Mar: Quem mora lá?", realizado pela escola com apoio da ONG "Nova Maré", de Guarujá.
A atividade incluiu a instalação de ecobarreiras — estruturas flutuantes compostas por tambores que impedem que o lixo siga o curso da maré e alcance áreas sensíveis como manguezais e o mar. Os estudantes, divididos em grupos, ajudaram diretamente no processo, com cada um deles participando das instalações.
Após a colocação das barreiras, eles observaram, anotaram e registraram tudo o que havia no mangue. Esses dados serão apresentados ao restante dos colegas de classe e servirão como base para o acompanhamento mensal da eficácia das ecobarreiras.
Além de evitar que resíduos sólidos, garrafas PET, isopor e outros materiais cheguem ao mar, as ecobarreiras ajudam a prevenir entupimentos de galerias, reduzem riscos de alagamento e diminuem os impactos da poluição na fauna aquática. A iniciativa também desperta a consciência ambiental desde cedo.
Yasmin Garcia, presidente da ONG, ressaltou a importância da vivência para os jovens agentes transformadores: "O projeto tem como objetivo trazer uma valorização territorial dos bairros em que os alunos moram. Quando aliamos a educação em espaço formal e a ação prática, conseguimos, desde a infância, incentivar o pensamento científico e ambiental. A ciência não precisa ser feita apenas em universidades por adultos; as crianças também podem fazer ciência!".
Arthur Rodrigues, um dos alunos participantes, destacou a satisfação em contribuir: "Foi muito legal. Gostei bastante, sempre gostei de natureza e meio ambiente e poder ajudar me deixa muito feliz!".
A coordenadora pedagógica da AMEI Vera Lúcia, Paula Massae, finalizou reforçando que a ação faz parte de uma série de atividades para criar um "laboratório vivo" de aprendizado ambiental: "No início do ano, as crianças vieram observar o mangue e perceberam a grande quantidade de lixo e a escassez de animais. Depois, realizamos uma limpeza com apoio de parceiros, mas vimos que era preciso ir além. Com as ecobarreiras, elas vão voltar todos os meses para monitorar a fauna, a flora e até plantar sementes de mangue vermelho. É uma forma de mostrar, especialmente neste ano de COP30, que o manguezal é essencial no combate às mudanças climáticas e que elas podem ser agentes transformadoras".
Com visitas mensais para monitorar o impacto das barreiras, o projeto promete unir aprendizado, cidadania e preservação ambiental de forma duradoura.
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