Sabesp reforça campanha para incentivar ligação de esgoto e reduzir lançamento irregular na Baixada

A Sabesp inicia uma nova rodada de comunicação para cerca de 350 mil clientes que possuem rede coletora de esgoto disponível na porta do imóvel, mas ainda não se conectaram ao sistema da Companhia. O objetivo é reforçar a importância da ligação à rede e reduzir o lançamento irregular de esgoto em rios, córregos, mananciais e praias. O comunicado será anexado à conta de água, a partir de dezembro, com mensagens de alerta e incentivo para que os clientes façam a conexão à rede de esgoto.
 

Esses imóveis estão espalhados pelas 375 cidades atendidas pela Sabesp no Estado de São Paulo. O alerta na conta visa reforçar a importância desses ajustes, que muitas vezes não são de conhecimento do morador - como em imóveis alugados ou de casas recém-adquiridas ou herdadas de familiares. Para poderem se conectar, os proprietários precisam fazer as adequações internas na residência.
 

Dos 350 mil clientes comunicados no primeiro semestre no Estado de São Paulo, 15 mil já realizaram a conexão, o que representa 4% do total. O volume de esgoto lançado irregularmente pelos imóveis restantes equivale a 2.000 piscinas olímpicas despejadas no meio ambiente por mês.
 

Na Baixada Santista, os imóveis que precisam se conectar estão localizados tanto em bairros com saneamento consolidado quanto em áreas que receberam a rede de esgoto nos últimos anos, com os investimentos do Programa Onda Limpa, especialmente em Praia Grande, São Vicente e Guarujá. Assim, esses municípios têm uma relação maior de moradias a serem ligadas ao sistema de esgoto.
 

Parte dos proprietários dessas residências fez a ligação neste ano: 9.094 clientes se conectaram à rede desde o início da campanha. Mas 30.781 têm rede de esgoto na porta e ainda não se ligaram. São 695 imóveis em Bertioga, 654 em Cubatão, 3.227 em Guarujá, 4.695 em Itanhaém, 994 em Mongaguá, 1.155 em Peruíbe, 12.792 em Praia Grande, 1.558 em Santos e 5.011 em São Vicente.
 

"Enquanto o proprietário não faz a ligação, ele continua poluindo um córrego ao lado da casa dele, por exemplo. Com a conexão, ele contribui para o avanço do saneamento e para a melhoria da saúde pública. Cada ligação importa. Quando o cliente faz a sua parte, ele também participa da preservação dos rios, córregos e praias", afirma a diretora de Experiência do Cliente da Sabesp, Eliana Ramos Ruffo.
 

Para os clientes que ainda não fizeram a ligação, está sendo aplicada a tarifa de disponibilidade, uma medida prevista em lei e que passou a ser adotada em junho pela Sabesp, após um processo de comunicação iniciado em abril. A cobrança é feita apenas para os imóveis que contam com infraestrutura disponível, mas que ainda não estão conectados à rede. A exceção é para famílias de baixa renda, que não têm a tarifa.
 

O cliente que ainda não fez a ligação deve solicitar o serviço pelos canais oficiais de atendimento da Sabesp. Um técnico fará a vistoria no local e indicará as adequações necessárias - em alguns casos, é preciso executar pequenas obras internas, a cargo do cliente. A primeira ligação de esgoto para residências é gratuita.
 

A Sabesp está à disposição para esclarecer dúvidas e orientar sobre a conexão à rede pelos canais oficiais de atendimento: telefone 0800 055 0195 (ligação gratuita), WhatsApp oficial 11 3388-8000 (mensagem de texto) ou Agência Virtual (agenciavirtual.sabesp.com.br) ou Agência Presencial (mediante agendamento). Informações adicionais na página Link.
 

A tarifa de disponibilidade é adotada desde 2018 no país, em Estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Pará e Rio Grande do Sul. Tem como objetivo promover a regularização dos imóveis com rede coletora disponível.
 

No caso da Sabesp, a medida alcança cerca de 354 mil imóveis residenciais, comerciais e industriais nas cidades atendidas pela Companhia. O valor equivale à tarifa mínima:

R$ 37,96/mês para imóveis residenciais
R$ 76,60/mês para imóveis comerciais e industriais
A cobrança não se aplica a famílias de baixa renda, que têm direito à tarifa social ou vulnerável, nem a moradias em áreas informais. Para esse público, a Sabesp mantém programas específicos que subsidiam as obras internas necessárias à ligação correta de esgoto. "Os clientes de baixa renda não são afetados pela cobrança. Eles contam com apoio técnico e financeiro da Sabesp para se conectarem à rede e contribuírem com a melhoria ambiental das suas comunidades", reforça Eliana Ramos Ruffo.
 

A aplicação da tarifa representa uma ação de justiça social e ambiental, já que apenas 4% da base de clientes ainda não se conectou à rede coletora. Além de corrigir distorções no rateio dos custos, a medida ajuda a prevenir doenças relacionadas à falta de saneamento e melhora a qualidade dos rios, praias e represas.