SEGURANÇA PÚBLICA
Subordinada à Secretaria da Administração Penitenciária, a Polícia Penal equipara-se às polícias Militar, Civil, Federal e Técnico-Científica em termos de relevância dentro do Sistema Único de Segurança Pública.
Da Redação
09/05/2025 - sexta às 12h00
No próximo dia 11, a Polícia Penal do Estado de São Paulo completa 100 dias de existência, marcando um importante fortalecimento do sistema penitenciário e reconhecendo a relevância estratégica dessa força para a segurança pública e o combate ao crime organizado.
Com a criação dessa nova polícia, o sistema prisional paulista agora possui poderes legais para atuar na execução penal, respaldando atividades nos estabelecimentos penais, segurança interna e externa, escolta de presos e reintegração social de custodiados e egressos.
Subordinada à Secretaria da Administração Penitenciária, a Polícia Penal equipara-se às polícias Militar, Civil, Federal e Técnico-Científica em termos de relevância dentro do Sistema Único de Segurança Pública.
Como primeiros dirigentes da Polícia Penal, assumimos com honra e responsabilidade esse desafio. A nova força policial, composta por aproximadamente 26 mil homens e mulheres, será reforçada com um concurso para a seleção de 1.100 policiais penais, que deverão ter nível superior completo.
Novos uniformes e grafismos das viaturas consolidam a nova imagem institucional.
A Tríade da Segurança Institucional: Física, Procedimental e Dinâmica
Entre as prioridades para 2025 e 2026 está o reforço da segurança dinâmica nas unidades, com ações articuladas de inteligência. Desde 2008, o sistema prisional paulista adota os princípios de segurança dinâmica, aliando inteligência penitenciária, adequação do espaço físico e procedimentos padronizados de segurança e ampliação do diálogo com outras polícias.
O trabalho de inteligência da Polícia Penal de São Paulo é referência para outras forças de segurança, incluindo o Exército Brasileiro, o Ministério Público, a Secretaria Nacional de Políticas Penais, a Agência Brasileira de Inteligência e o Poder Judiciário.
Aliada a equipamentos tecnológicos e ao empenho das equipes de canil e policiais penais, impedimos a entrada de cerca de 43 kg de drogas nos estabelecimentos penais desde o início do ano.
Segurança e reintegração social são pilares interdependentes, garantindo ordem nos estabelecimentos penais e redução da reincidência criminal. Atualmente, cerca de 31 mil presos estudam e 50 mil trabalham. Buscamos ampliar essas oportunidades e investimos em tecnologia, com a criação das Centrais de Penas e Medidas Alternativas Virtuais e a ampliação do atendimento de saúde via telemedicina.
É dessa maneira que a Polícia Penal vem cumprindo sua missão com o princípio da reintegração social, mediante um pragmatismo dialógico e harmonioso alicerçado em três eixos estratégicos de segurança, que se complementam e se reforçam mutuamente:
Segurança física: que se refere à infraestrutura e aos elementos arquitetônicos dos estabelecimentos penais, como muralhas, celas, sistemas de videomonitoramento, bloqueadores de sinais de telefonia móvel, torres de vigilância e barreiras físicas, objetivando garantir a integridade estrutural e proteger tanto os policiais penais quanto as pessoas privadas de liberdade, com respeito à dignidade humana.
Segurança procedimental: que compreende o conjunto de normas e rotinas padronizadas que asseguram o funcionamento ordenado do estabelecimento penal. Envolve revistas pessoais e em pertences, controle rigoroso de movimentações internas e externas, protocolos de escolta e rotina administrativa voltada à prevenção de fugas, desordens e entrada de objetos proibidos.
Segurança dinâmica: que se baseia na presença ativa e interativa dos policiais penais no cotidiano dos estabelecimentos penais, permitindo a antecipação de comportamentos de risco por meio da observação qualificada e da escuta ativa. É um modelo que humaniza as relações e fortalece a autoridade disciplinar, contribuindo decisivamente para um ambiente institucional mais seguro, controlado e menos propenso a intercorrências.
Polícia Penal forte
Corregedoria forte, Polícia Penal forte. Esse é um dos compromissos que assumimos com a sociedade. A Corregedoria da Polícia Penal atua com independência para garantir uma polícia ética e legal, sem tolerar condutas incompatíveis com a função pública.
Modernizamos a gestão prisional com a criação de 36 complexos penais, que centralizam questões administrativas, permitindo que os chefes de cada unidade foquem na segurança e manutenção da custódia de presos. Isso otimiza recursos e torna a gestão mais eficiente.
Agradecemos ao Coronel Marcello Streifinger, Secretário da Administração Penitenciária, pelo compromisso firmado com o Governador Tarcísio de Freitas em estabelecer essa nova instituição policial.
Estamos diante de um novo tempo. A Polícia Penal nasce forte, com planejamento estratégico e compromisso com a evolução do sistema penitenciário, valorizando seus profissionais e contribuindo decisivamente para a segurança e justiça em nosso Estado.
Polícia Penal do Estado de São Paulo: guardiã da ordem, protetora da sociedade!
Rodrigo Santos Andrade
Diretor-Geral da Polícia Penal de São Paulo
Odirlei Arruda de Lima
Diretor-Geral Adjunto da Polícia Penal de São Paulo
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