Baixada Santista
CDL Santos Praia analisa levantamento do Caged que mostra menos postos de trabalho no Comércio Varejista
Da Redação
04/07/2025 - sexta às 17h00
As plaquinhas de "contrata-se" estão espalhadas por ai, mas segundo os comerciantes, emprego tem, mas faltam candidatos. A reclamação é geral no setor, e os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, referentes ao mês de maio refletem esta realidade.
Ao todo, em maio, nas nove cidades da Baixada Santista foram contratadas 15.025 pessoas nos cinco segmentos analisados, 14.121 foram demitidas e o saldo foi de 904 postos. Em abril, tinham sido 15.676 admissões, 14.304 desligamentos e um saldo de 1.372 postos de trabalho. A diferença vem sido gradual e isso é sentido pelos comerciantes.
"A maior queixa hoje de quem trabalha com o comércio é a falta de mão de obra. Falta gente que queira trabalhar até mais tarde, fim de semana, feriados. O comércio vive destes horários diferenciados e com isso, muitos fecham as portas, porque sem gente, sem renda", analisa o presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi.
Comércio Varejista
Mensalmente, a Câmara de Dirigentes Lojistas, a CDL Santos Praia faz o levantamento com os dados do Caged. Analisando somente o setor do Comércio Varejista, em todo Litoral Paulista, em maio, foram criadas 3.495 vagas, 3.369 demissões e um saldo de 126 postos. Já em abril, foram 3.672 admissões, 3.453 demissões e um saldo de 219 postos.
Há 16 anos, Bruno Ferreira é dono de uma padaria centenária, a Nova Seara, na Vila Mathias, em Santos, e nunca passou por tantos problemas para contratar como agora. "Temos 49 funcionários, mas quando precisamos repor demora demais, é difícil encontrar principalmente balconista. Sempre estamos em busca de mão de obra especializada".
Outro comerciante experiente é Cláudio Chinen. Desde 1998, é dono da loja Daruma e tem 3 lojas em Santos e São Vicente. Já teve mais de 20 funcionários, número que hoje caiu pela metade. "É difícil encontrar quem queira trabalhar mais de cinco dias por semana e nos horários que as lojas precisam ficar abertas. Comércio abre fim de semana, feriado, tem sido bastante difícil".
Números de Santos
No Comércio Varejista, em maio, foram abertos 1086 postos de trabalho e fechados 1053, com um saldo de 33. Já em abril, foram 1107 admissões, 1076 demissões e saldo de 31 vagas.
Para o comerciante José Carlos Fachim, dono do Shopping das Embalagens há 4 anos, que tem 14 colaboradores, a principal dificuldade é primeiro contratar e depois manter o funcionário. "Está muito complicada a situação. A gente fica com vagas em aberto e demora pra achar mão de obra. Depois quando encontra, nem sempre a pessoa tem o comprometimento necessário para seguir conosco. Esperamos um cenário melhor".
Por isso, o presidente da CDL Santos Praia segue oferecendo cursos de qualificação e fazendo a ponte entre quem procura emprego e quem oferece vagas pelo Programa Caça Talentos, que desde o ano passado já recebeu mais de 5 mil currículos.
"Esperamos que as pessoas tenham mais interesse, porque vaga tem e a CDL, por exemplo, que defende os interesses do Comércio, sempre promove capacitação, além de divulgar postos de trabalho. Esperamos que as pessoas consigam enxergar estas oportunidades e aproveitá-las", diz o presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi.
SOBRE A CDL SANTOS PRAIA - A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) Santos-Praia foi fundada em 18 de outubro de 1973. É uma entidade sem fins lucrativos, que visa contribuir nas melhorias para os lojistas, oferecendo diversos serviços e parcerias. Em Santos, são cerca de mil associados que tem acesso a assessoria jurídica, planos de Saúde e Odontológico mais em conta; consultas ao SPC Brasil; locação Smart Office para quem quer ministrar cursos, palestras e realizar reuniões; cartão benefícios com descontos exclusivos; balcão de empregos e consultoria.
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