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Redução no valor da conta aplicado depois da privatização foi reconhecido internacionalmente; desconto chega a 78% para famílias mais vulneráveis
Da Redação
13/11/2025 - quinta às 09h00
A desestatização da Sabesp, concluída em julho de 2024, trouxe benefícios diretos para os clientes: redução imediata das tarifas e ampliação do acesso à Tarifa Social, o que garantiu mais famílias atendidas com água e esgoto de qualidade, a preços mais baixos.
Logo após a desestatização da Companhia, o valor da tarifa teve um desconto imediato. As tarifas social e vulnerável, para a população de baixa renda, tiveram redução de 10%, e as demais categorias também ficaram mais baratas — 1% de queda nas residenciais normais e 0,5% nas comerciais e industriais. O impacto foi reconhecido internacionalmente: segundo a Global Water Intelligence (GWI), São Paulo foi a única cidade do Brasil a registrar queda no valor da tarifa residencial de água em 2024, enquanto a média nacional subiu 6,8%.
Hoje, a Sabesp mantém a menor tarifa entre as 20 maiores operadoras de saneamento do país, segundo o levantamento comparativo do setor. A tarifa residencial da Companhia é de R$ 37,96 para um consumo de 10 mil litros por mês de água. É um valor inferior ao praticado em outras capitais, como Belo Horizonte (em que hoje o valor é de R$ 59,24) ou Brasília, que paga R$ 50,03. No Rio Grande do Sul, o valor chega a R$ 121,80.
Além da redução nos valores das faixas da tarifa, a Sabesp também expandiu a população beneficiada pelos descontos da Tarifa Social. Para esses consumidores de baixa renda, o desconto pode chegar a 78% em relação à tarifa convencional, tornando o acesso à água e ao esgoto ainda mais acessível.
O objetivo foi ampliar o atendimento em áreas carentes sem que as famílias tivessem dificuldade de pagar a conta pelos benefícios. Ao longo do primeiro ano de Sabesp desestatizada, houve crescimento de 90% no número de famílias atendidas pelas tarifas social e vulnerável: de 991 mil para 1,8 milhão (3 milhões de pessoas beneficiadas a mais).
O desconto é possível graças à criação do Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento (Fausp), que recebeu R$ 4,4 bilhões — o equivalente a 30% dos recursos arrecadados pelo Governo de São Paulo com a venda de ações da Sabesp. O fundo é periodicamente abastecido com os dividendos correspondentes à participação de 18% que o Estado ainda mantém na Companhia, garantindo que a tarifa final ao consumidor permaneça como uma das mais baixas do Brasil.
"O novo contrato de concessão permitiu ampliar a área de atuação da Sabesp, levando água e esgoto também a zonas rurais e áreas informais, e ao mesmo tempo reduzir o valor das tarifas. É um modelo que alia eficiência, inclusão social e responsabilidade com o consumidor, além de retorno ao acionista", afirma Samanta Souza, diretora-executiva de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Sabesp.
Além de tornar o saneamento mais acessível, a Sabesp adotou um novo modelo de regulação tarifária. Diferentemente do modelo anterior, em que os consumidores pagavam antecipadamente pelos investimentos futuros, agora as obras só entram no cálculo tarifário após sua entrega efetiva. Na prática, isso significa que o cliente paga apenas por melhorias concretas, garantindo mais transparência e justiça nas tarifas.
Com as mudanças promovidas após a desestatização, a Sabesp reforça seu compromisso de entregar saneamento para todos, mais barato, mais rápido e melhor — antecipando para 2029 a meta de universalização dos serviços de água e esgoto, prevista nacionalmente para 2033 com o Novo Marco Legal do Saneamento.
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