Coração
O levantamento da SOCESP foi feito na capital e cidades do interior. Em junho a entidade celebra o Dia Estadual do Coração (29 de junho). Em Santos, na Av. Vicente de Carvalho, 200, das 8hs às 12hs, haverá uma caminhada com estudantes de medicina.
Da Redação
27/06/2025 - sexta às 15h00
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP – conclui, em pesquisa, que ainda existe um grande desconhecimento sobre os fatores de risco para o coração. A hipertensão é responsável por 45% das mortes por causas cardíacas e por 51% dos óbitos por outras razões, como o AVC. Mesmo assim, 31,3% ainda desconhecem que a pressão alta pode ser o estopim para doenças cardiovasculares (DCVs) e quase metade não sabia apontar os patamares de uma pressão considerada alta. O levantamento foi feito com 1.765 pessoas em cidades do interior paulista, litoral e na capital, sendo 56,6% mulheres e 43,4% homens
As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão mostram que 30% dos brasileiros convivem com a pressão alta em todas as faixas etárias e após os 60 anos, 60% das pessoas entram nesta categoria. Mesmo entre os que sabem ser hipertensos são poucos aqueles que usam regularmente as medicações prescritas e estão com os valores dentro das metas. Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão afeta um em cada três adultos no mundo, sendo que ¾ dos hipertensos vivem em países de baixa e média rendas. Em 1990 eram 650 milhões com a doença e, em 2019, o número de pacientes estava em 1,3 bilhão.
No ano passado, a Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), simplificou suas Diretrizes sobre a doença e enfatizou medidas que podem ser tomadas já no atendimento primário. O diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) permaneceu semelhante ao das diretrizes anteriores, quando o paciente apresenta valores pressóricos, aferidos de forma adequada, iguais ou maiores que 140 X 90 mmHg (ou 14 por 9). “O que chamávamos de pressão normal (valores de pressão menores que 120 X 80) agora se denomina pressão não elevada e fica no limite de 120 X 70 (ou 12 por 7)”, explica o coordenador geral da Regional Santos da SOCESP, Leonardo Martins Barroso.
O cardiologista lembra que a mudança no estilo de vida deve ser a primeira providência para quem tem pressão acima do normal com alimentação saudável, com menos consumo de sal e atividade física. Já o tratamento farmacológico é uma hipótese quando a pressão persistir em se manter acima de 130 x 80. “Vale salientar a necessidade de uma avaliação caso a caso, considerando a situação cardiovascular individual”, completou.
Agora em junho, mês do Dia Estadual do Coração (29 de junho), a SOCESP promove uma campanha de conscientização com postagens em mídias sociais e no site da entidade, além da divulgação de entrevistas e podcasts esclarecendo sobre as manobras de ressuscitação. Em Santos, na Av. Vicente de Carvalho, 200, das 8hs às 12hs, haverá uma caminhada com estudantes de medicina que irão realizar pesquisa sobre hábitos de vida, fatores de risco e farmacologia dos entrevistados para que possamos traçar um perfil epidemiológico da região.
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