XADREZ E EDUCAÇÃO
Mais de 90 crianças participam atualmente das aulas de xadrez na UME Cidade de Santos (Embaré). Extracurriculares, são realizadas das 12h às 13h, duas vezes por semana e após às 17h30, para os alunos que estudam à tarde
Da Redação
04/10/2025 - sábado às 21h38
São meninos e meninas de várias idades que procuram a modalidade, sendo que muitos acabam descobrindo talento para o esporte.
É o caso das gêmeas Tamires e Giovana Giovelli, de 7 anos. Elas participaram, em setembro, do Campeonato Brasileiro Escolar de Xadrez e ficaram, entre mais de 600 participantes, em quinto e oitavo lugar, respectivamente.
Tamires contou que o campeonato foi realizado na cidade de Caxambu, Minas Gerais, e "foi super difícil". "Elas são muito boas, mas eu ganhei três partidas e consegui ficar em quinto lugar".
Giovana disse que foi "muito legal" participar pela primeira vez. "A gente ama fazer as aulas de xadrez, porque é uma coisa inteligente, uma coisa boa".
A mãe, Renata Giovelli, 47, terapeuta e que trabalha com marketing digital, contou que há muito apoio para ambas em casa. "Primeiro, porque o esporte, de maneira geral, é importante, não só o físico como o mental. No caso do xadrez, elas têm muita facilidade também com a aprendizagem da matemática. Então, como gostam, nós apoiamos, pois sabemos que pode ajudar muito no desenvolvimento".
DOIS TIPOS
O professor Wlamir Ursini, responsável pelas aulas, que também ensina Matemática para os quintos anos da escola, contou que "existem dois tipos de xadrez: o escolar, que vai ajudar os alunos nas aulas, na concentração, imaginação, raciocínio lógico; e o de competição, para o qual preparamos o aluno que tem mais habilidade".
"Tenho conseguido grandes resultados. Nessa fórmula, já formei 11 campeões brasileiros, mas já são 24 anos de trabalho. Inclusive, em outubro vai sair um livro produzido pelo inspetor de alunos da escola que vai falar das crianças, quase mil que já passaram pelas aulas de xadrez".
Wlamir garantiu que a base do xadrez é a concentração. "Tem base Matemática, pois cada peça tem seu valor, seu sistema de troca. Então, ajuda no desenvolvimento do foco nas atividades escolares".
O aluno Daniel Negreiro, 12, do sétimo ano, disse que faz aulas porque gosta da modalidade. "Gosto por dois motivos: competir e de jogar qualquer coisa que seja intelectual, competitiva. Também gosto do professor, porque ele ensina muito bem. Com a prática, eu melhorei minha memória muscular, assim decorei os movimentos de peças".
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