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MEMÓRIA ESPORTIVA

Francisco Rebolo criou escudo que marca a identidade do Corinthians há décadas

Artista modernista e ex-jogador do clube, ele uniu talento e paixão para eternizar o símbolo do Timão

Robson de Castro

16/07/2025 - quarta às 11h11

Francisco Rebolo Gonsales, nascido em 1902 em São Paulo, criou uma das marcas mais duradouras da história do futebol brasileiro ao desenhar o escudo oficial do Sport Club Corinthians Paulista. Antes disso, ele já havia vestido a camisa do clube como jogador, integrando o elenco campeão do Campeonato Paulista de 1922.


Rebolo iniciou sua carreira esportiva no São Bento e, entre 1921 e 1927, defendeu o Corinthians no time reserva, conhecido na época como “segundo quadro”. Em paralelo, desenvolveu seu talento artístico como decorador e pintor, profissão à qual se dedicaria integralmente a partir de 1934.


Como artista, Francisco Rebolo alcança destaque no cenário modernista brasileiro, sendo um dos fundadores do Grupo Santa Helena, ao lado de nomes como Alfredo Volpi. Suas obras, que retratam paisagens urbanas e cenas cotidianas, ganharam espaço em museus renomados do Brasil e do exterior, incluindo o MoMA, de Nova York.


O Grupo Santa Helena foi um movimento artístico formado na década de 1930 por um coletivo de pintores imigrantes ou filhos de imigrantes que compartilhavam ateliês no Edifício Santa Helena, no centro de São Paulo. Com uma linguagem figurativa e temática voltada ao cotidiano urbano e à vida simples, o grupo se destacou por valorizar uma arte acessível e conectada à realidade popular, em contraponto às vanguardas mais abstratas da época. Seus integrantes, entre eles Rebolo, Volpi, Fulvio Pennacchi e Mario Zanini, tornaram-se figuras centrais na consolidação do modernismo paulista.


Sua relação com o Corinthians, no entanto, vai além das quatro linhas. Na década de 1930, a diretoria do clube convida Rebolo para redesenhar o escudo da equipe. Até então, o emblema mostrava apenas a bandeira paulista. Rebolo propõe a inclusão da âncora e dos remos, elementos que fazem referência às origens náuticas do clube. O resultado é o escudo que, com pequenas variações, segue representando o time até hoje.


Francisco Rebolo morreu em 1980, mas sua contribuição permanece viva na memória do Corinthians e da arte brasileira. Ao unir o futebol e a pintura, ele deixa um legado que transcende gerações e simboliza a identidade de um dos maiores clubes do país.
 

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