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Alopecia Genética: entenda a condição e os cuidados para controlar a queda capilar

Danielle Gitti

08/04/2025 - terça às 18h07

Recentemente, a apresentadora Xuxa Meneghel revelou em um programa de TV que sofre de alopecia genética, uma condição hereditária que causa a queda progressiva dos cabelos. Seu depoimento trouxe à tona um problema que atinge milhões de pessoas ao redor do mundo e que muitas vezes é cercado de dúvidas e inseguranças.  

 

Segundo a Dra. Danielle Gitti, tricologista da Cabeloz, essa é uma das formas mais comuns de queda capilar, afetando tanto homens quanto mulheres. "A alopecia androgenética, ou calvície hereditária, tem origem genética e está relacionada à ação do hormônio DHT (di-hidrotestosterona) sobre os folículos capilares. Esse hormônio encurta o ciclo de vida dos fios, tornando-os progressivamente mais finos até que parem de crescer", explica a especialista.  

 

A seguir, vamos entender melhor as causas, os sintomas, os tratamentos disponíveis e as perspectivas futuras para essa condição.  

 

O Que é a Alopecia Genética?  

A alopecia androgenética é um tipo de calvície progressiva e hereditária. Em homens, ela costuma se manifestar como recuo da linha capilar e rarefação no topo da cabeça. Já em mulheres, o padrão é um afinamento difuso dos fios, especialmente na parte central do couro cabeludo, sem afetar a linha frontal.  

 

Fatores envolvidos na alopecia genética: 

Predisposição genética: Pessoas com histórico familiar de calvície têm maior chance de desenvolver a condição.  

Ação hormonal: A testosterona é convertida em DHT por meio da enzima *5-alfa-redutase*. Esse hormônio enfraquece os folículos capilares, acelerando sua miniaturização.  

Envelhecimento: A alopecia genética pode se manifestar a partir dos 20 anos, mas tende a se acentuar com a idade.  

 

De acordo com a Dra. Danielle Gitti, "é importante lembrar que a alopecia androgenética não significa apenas perder cabelo. Ela pode ter impactos psicológicos profundos, afetando autoestima e qualidade de vida. Por isso, quanto antes o diagnóstico for feito, melhor será a resposta ao tratamento".

 

Diagnóstico: Como Identificar a Alopecia Genética?  

O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento mais eficaz. Para isso, tricologistas e dermatologistas utilizam métodos avançados de avaliação, como:  

 

Dermatoscopia digital: Um exame de imagem que permite visualizar o couro cabeludo em alta definição, identificando miniaturização dos fios e padrões de rarefação.  

 

Teste genético capilar: Em alguns casos, exames genéticos podem avaliar a predisposição para a calvície.  

 

Biópsia do couro cabeludo: Se necessário, um pequeno fragmento da pele do couro cabeludo é analisado para descartar outras causas de queda capilar.  

 

Segundo a Dra. Danielle, "a consulta com um especialista deve ser o primeiro passo para entender a real causa da queda de cabelo. Hoje, temos exames extremamente precisos que nos permitem diferenciar a alopecia androgenética de outros tipos de alopecia, como a areata e a eflúvio telógeno".  

 

Tratamentos e Cuidados para Alopecia Genética  

A boa notícia é que existem diversas formas de controlar a progressão da alopecia androgenética. "O tratamento ideal depende do grau da calvície e das características individuais de cada paciente", afirma a Dra. Danielle Gitti.  

 

1- Tratamentos Tópicos e Sistêmicos  

Minoxidil: Estimula o crescimento dos fios e prolonga a fase anágena (de crescimento). "O minoxidil é um dos ativos mais utilizados e pode ser potencializado com nanotecnologia para melhor absorção", explica a especialista.  

 

Finasterida e Dutasterida: São medicamentos orais que bloqueiam a ação da enzima 5-alfa-redutase, reduzindo a conversão de testosterona em DHT. "Esses medicamentos são eficazes, mas devem ser prescritos com acompanhamento médico, pois podem apresentar efeitos colaterais", alerta a Dra. Danielle.  

 

Espironolactona (para mulheres): Ajuda a reduzir a ação dos hormônios androgênicos no couro cabeludo.  

 

2- Terapias Inovadoras**  

Terapia a Laser de Baixa Intensidade (LLLT): O uso de laser estimula os folículos e melhora a circulação sanguínea no couro cabeludo.  

 

Microinfusão de medicamentos (MMP): Consiste na aplicação de medicamentos diretamente no couro cabeludo, aumentando a absorção dos ativos.  

 

Plasma Rico em Plaquetas (PRP): Técnica que utiliza fatores de crescimento derivados do próprio sangue do paciente para estimular os folículos capilares.  

 

3- Transplante Capilar  

Em casos mais avançados, quando os tratamentos convencionais não são suficientes, o *transplante capilar* pode ser uma solução.  

 

As técnicas mais utilizadas são:  

FUE (Extração de Unidades Foliculares): Técnica minimamente invasiva, onde os fios são retirados individualmente da área doadora e implantados na área calva.  

DHI (Implantação Direta de Cabelos): Evolução do FUE, onde os folículos são implantados diretamente sem a necessidade de incisões prévias.  

 

Segundo a Dra. Danielle, "o transplante capilar evoluiu muito nos últimos anos e, quando bem indicado, pode trazer resultados naturais e duradouros. Mas é fundamental que o paciente tenha expectativas realistas e siga os cuidados pós-operatórios corretamente".  

 

Cuidados Essenciais para Manter a Saúde Capilar  

Independentemente do tratamento escolhido, alguns hábitos podem contribuir para a manutenção da saúde dos fios:  

 

Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em biotina, ferro, zinco e ômega-3 ajuda a fortalecer os cabelos.  

Evitar estresse: O estresse crônico pode agravar a queda capilar.  

Cuidado com o couro cabeludo: Lavar os cabelos com produtos adequados ajuda a manter a saúde dos folículos.  

Proteção solar: O couro cabeludo também precisa de proteção contra raios UV.  

 

Dra. Danielle reforça: "o cabelo é um reflexo da saúde do organismo como um todo. Alimentação, equilíbrio hormonal e cuidados diários fazem toda a diferença para manter os fios saudáveis".  

 

A Cura para a Calvície está próxima?  

Nos últimos anos, a ciência tem avançado no estudo da genética e regeneração capilar. Pesquisas promissoras incluem:  

 

Terapia Gênica: Estudos investigam formas de modificar a expressão genética para prevenir a miniaturização dos fios.  

 

Uso de células-tronco: Testes estão sendo feitos para regenerar os folículos capilares através da bioengenharia.  

 

Novos medicamentos: Pesquisadores desenvolvem moléculas que bloqueiam o DHT sem os efeitos colaterais da finasterida.  

 

Dra. Danielle conclui: "ainda não existe uma cura definitiva para a alopecia genética, mas os avanços na tricologia nos permitem oferecer soluções cada vez mais eficazes. O mais importante é buscar tratamento o quanto antes, pois a prevenção ainda é o melhor caminho".

 

Dra. Danielle Gitti: Farmacêutica Esteta e Tricologista, com mais de 14 anos de experiência na área da saúde. Apaixonada por promover cuidado e o bem-estar dos pacientes, ela se especializou em tricologia, uma área que se dedica ao diagnóstico e tratamento de doenças do cabelo e do couro cabeludo. Como docente a mais 8 anos, Dra. Danielle compartilha seu conhecimento com alunos e profissionais da saúde, contribuindo para a formação de uma nova geração de especialistas. Sua abordagem integrativa combina ciência, estética e cuidado personalizado, buscando sempre resultados que melhorem a autoestima e a qualidade de vida de seus pacientes. Dra Danielle é empresaria e empreendedora CEO da Cabeloz, atual Presidente da Farmacann.

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