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Vereador Matheus Rodrigues lidera intenção de voto à sucessão do prefeito Caio Matheus

O cenário real, no entanto, é de absoluto empate técnico entre ele, a advogada Lucília Goulart e o também vereador Carlos Ticianelli

Redação BS9 - Exclusivo

11/04/2022 - segunda às 01h52

Foram entrevistados 1.060 moradores-eleitores, que disseram quem eles querem ver assumindo a Prefeitura de Bertioga - Divulgação/PMB

Quinto vereador mais bem votado na eleição de 2020, à Câmara de Bertioga, Matheus Rodrigues, do PSD, lidera a preferência do eleitorado do município à sucessão do prefeito Caio Matheus, que cumpre seu segundo mandato e que, portanto, não pode concorrer nas próximas eleições municipais, em 2024.

De acordo com números da pesquisa Badra de opinião, realizada no último dia 2 de abril, se a eleição para a prefeito de Bertioga fosse hoje, Matheus Rodrigues alcançaria 19,2% dos votos, contra 18,5% da advogada Lucília Goulart e 14,8% do também vereador Carlos Ticianelli. Como a margem de erro do levantamento, estimulado, é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão tecnicamente empatados.

Matheus e Ticianelli fazem parte do grupo que dá sustentação à atual Administração Municipal e devem “disputar”, internamente e com outros nomes, o apoio do atual prefeito, o que consequentemente significa contar com a ajuda da máquina administrativa, que representa uma vantagem pra lá de competitiva.

“Esse cenário de Bertioga é um dos que explica a motivação do instituto Badra para realizar essa rodada de pesquisas nos cinco municípios da Baixada Santista onde os chefes do Executivo não poderão concorrer a uma nova reeleição. Desde já, ou melhor, desde o dia 16 de novembro de 2020, a pergunta que não quer calar é justamente sobre quem será, em cada uma das cidades, o abençoado pelo atual prefeito”, argumenta Maurício Juvenal, analista político da Badra.

Ele explica que em Bertioga isso é ainda mais intenso. “Como Caio Matheus registra um alto índice de aprovação popular ao seu governo, são muitos os pretendentes em seu próprio grupo político, alguns inclusive sem nenhum potencial eleitoral, mas que acreditam que o prefeito é capaz de eleger quem ele quiser”, afirma.

Os números
O disco estimulado proposto pelo instituto trouxe ainda outros três nomes: o empresário Sílvio Magalhães aparece com 6,9% das citações, em quarto lugar; o vice-prefeito, Marcelo Vilares, é o quinto, com 6,2% das citações; e Gustavo Melo, atual secretário de Governo e Gestão da Prefeitura, com 4,6% é o sexto e último colocado. “Dos seis nomes propostos, pelo menos quatro são diretamente ligados ao atual prefeito, o que, ao mesmo tempo, indica um cenário de possível continuidade, mas, também, de possibilidade do encaixe de um novo nome e perfil, em contraponto ao modelo atual”, destaca Maurício.

Dos seis nomes propostos na pesquisa estimulada, quatro são diretamente ligados ao prefeito Caio Matheus - Arte: Badra

Na pesquisa espontânea, aquela onde o entrevistado responde livremente em quem votaria para prefeito de Bertioga, se a eleição fosse hoje, o cenário é parecido. Matheus Rodrigues também lidera com 8,0% das intenções de voto. É seguido por Carlos Ticianelli, com 4,5%; Caio Matheus, com 4,3%  (e que não pode concorrer a um novo mandato); Lucília Goulart, com 4,1%; Vanessa Matheus, com 1,8%; Sílvio Magalhães, com 1,6%; e Antonio do Krill, com 1,2%. Inúmeros outros nomes foram citados no levantamento espontâneo, sem atingir, no entanto, ao menos 1% das citações.

Os entrevistados tiveram a oportunidade de responder, ainda, em que não votariam de jeito nenhum se a eleição fosse hoje, ou seja, de manifestarem rejeição em relação aos nomes propostos. O placar ficou assim: Sílvio Magalhães, 13,3%; Carlos Ticianelli, 11,9%; Gustavo Melo, 9,8%; Lucília Goulart, 9,6%; Matheus Rodrigues, 8,5%; e Marcelo Vilares, 8,3%. “Os números mostram todos muito embolados quando o tema é rejeição e nenhum dos possíveis candidatos apresenta um patamar que, eleitoralmente, pareça preocupante”, finaliza o especialista.

No quesito rejeição, os mais citados ficaram embolados, com Silvio Magalhães um pouco à frente dos demais - Arte: Badra

Com a palavra
Dos três primeiros colocados na pesquisa estimulada, Carlos Ticianelli fala sobre a possibilidade de concorrer em 2024 com um pouco mais de firmeza, mas evita se colocar como pré-candidato. Matheus Rodrigues também se coloca à disposição, mas acha muito cedo falar sobre sucessão municipal. Já Lucília Goulart deixa claro que quer focar em seu trabalho nas eleições deste ano, a serviço de seu partido.

MATHEUS RODRIGUES (PSD)

O senhor pretende ou está disposto a ser candidato a prefeito?
Ainda é cedo para se falar em eleições municipais, sabendo que temos aqui em breve as eleições estaduais e federais. A gente sabe que é muito cedo para se falar nesse cenário. Mas eu fico feliz de ter sido lembrado. A gente sabe que o prefeito atual não pode mais ser reeleito. Então, fica um cenário aberto e a gente coloca sim, o nome à disposição para uma possível candidatura ao Executivo na próxima eleição. Mas lembrando que o meu foco hoje é fazer um grande mandato de vereador, honrar a minha reeleição. E um pouco mais para frente a gente começa a pensar nesse cenário de eleição municipal.

O que achou do resultado da pesquisa?
Acho que esse resultado se deve à grande entrega, minha, da minha equipe, de todos os colaboradores, principalmente nesse mandato atual. E se deve também à minha independência. Eu sou um vereador que procuro bater palma e agradecer ao Poder Executivo quando acho que assim devo fazer, pelo trabalho executado, por algo atendido. E eu não tenho medo e nenhum tipo de restrição em cobrar de forma efusiva quando tenho que cobrar, apontar um erro, fazer algum tipo de denúncia ou algo assim. E acho que esse tipo de independência tem me credenciado a ficar cada vez mais forte perante a população.

O vereador Matheus Rodrigues acha que a postura independente na Câmara o fortalece junto à população - Reprodução/Facebook

Como o senhor vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
Eu vejo o desempenho do atual prefeito abaixo do apresentado no primeiro mandato. Eu sinto que, após a reeleição, ele mudou muito, adotando um estilo menos popular. A gente sabe que é uma gestão que investiu e vem investindo bastante na questão de obras. Mas às vezes acaba esquecendo do que a população quer, que é um pouco de atenção, de carinho, de presença nos bairros. A gente sente também uma grande falta de trato com os funcionários públicos. Foi uma gestão que ao longo dos quatro anos teve queda dos cargos de confiança por uma lei equivocada feita pelo prefeito e sua assessoria. Com isso, o desenvolvimento da cidade e da administração, da máquina pública, foi atrapalhado de uma maneira muito grande.

Na sua opinião, do que Bertioga mais precisa?
Na parte administrativa, claro, a gente precisa continuar com a pavimentação e a drenagem na cidade. Em paralelo a isso, é preciso olhar a segurança do município, valorização da nossa Guarda Municipal. A entrega do Poder Executivo junto ao governo do Estado para que se aumente o efetivo de Polícia Militar. Precisa fomentar mais políticas públicas para geração de emprego e renda. Valorizar cada vez mais o funcionário público. Valorizar cada pasta através do Poder Executivo. E na parte política, o que Bertioga mais precisa é de um líder e não de um chefe. Uma liderança que fala "nós fizemos", "nós conquistamos". Um líder que ouça as pessoas. Gente com conhecimento da história de Bertioga. Bertioga precisa de respeito.

* * *

LUCÍLIA GOULART (PL)

A senhora pretende ou está disposta a ser candidata a prefeita?
A candidatura a qualquer cargo eletivo passa obrigatoriamente por uma construção coletiva da comunidade bertioguense e não pode e nem será fruto do desejo pessoal de alguém. Por isso, nós do Partido Liberal procuramos estar sempre perto da nossa gente, que é trabalhadora, guerreira e quer apenas, no momento, poder dormir tranquilo e ter a certeza de que não faltará nada para a sua família. Nosso partido, assim como a nossa população, sabe que tem pela frente o desafio de escolher quem governará nosso país nos próximos quatro anos e entende que não se deve adiantar qualquer discussão sobre as disputas municipais de 2024.
 
O que achou do resultado da pesquisa?
Recebo com alegria e agradeço profundamente a lembrança do meu nome. Entendo que esta lembrança é fruto do trabalho que temos realizado junto à nossa gente ao longo de todos esses anos e aumenta a nossa responsabilidade de trabalhar para construir o futuro de Bertioga, essa cidade linda e que tem muito crescer e se desenvolver, independente de estarmos ocupando ou não cargo eletivo.

Para Lucília, o resultado da pesquisa aumenta sua responsabilidade em seguir trabalhando pela cidade - Reprodução/Facebook

Como a senhora vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
Opinar sobre a gestão do atual prefeito, ainda mais nesse momento, seria imprudente da minha parte. O prefeito foi eleito democraticamente pela nossa gente e tenho certeza de que está se esforçando para fazer o melhor para o nosso povo ainda que tenha cometido graves falhas em algumas áreas. Particularmente, eu entendo que a gestão de uma cidade como Bertioga precisa ser mais próxima da população.

Por fim, o que a senhora acha que Bertioga mais precisa?
Bertioga ainda é uma cidade dependente da sazonalidade do Turismo e isso precisa mudar. Acredito que estimular o turismo de eventos, o turismo esportivo e o fortalecimento do comércio e da construção civil aliado a possibilidade real de transformar a Cidade em um polo tecnológico possa gerar os empregos que a nossa população quer e precisa para oferecer as suas famílias as vidas que merecem.

* * *

CARLOS TICIANELLI (PSDB)

O senhor pretende ou está disposto a ser candidato a prefeito?
Em primeiro lugar fico feliz do meu nome ser tão bem lembrado pela população, mesmo eu nao tendo feito nenhum anúncio que seria pré-candidato a prefeito em 2024. Estou à disposição do meu partido e me coloco à disposição do meu grupo político liderado pelo prefeito Caio Matheus. 

O que achou do resultado da pesquisa? 
Ótimo levando em consideração que nunca coloco ou peço para lideranças minhas acompanharem a pesquisa. Sempre é a realidade do que a população pensa a nosso respeito.

O vereador Carlos Ticianelli se colocou à disposição do grupo político liderado pelo prefeito Caio Matheus - Reprodução

Como o senhor vê o desempenho do atual prefeito e o que faria diferente?
Basta comparar e refletir para chegar à conclusão que o prefeito Caio Matheus está sendo o melhor prefeito da história de Bertioga. Um exemplo de gestor que realmente está transformando a realidade e a vida das pessoas, mostrando que o trabalho e a melhor resposta.

Na sua opinião, do que Bertioga mais precisa?
Bertioga nunca recebeu tantas obras e novos serviços como agora. Bairros inteiros sendo transformados, a cidade está no caminho certo, não podemos interromper esse crescimento nunca antes visto. É Preciso continuar as obras de infraestrutura que estão sendo feitas nos bairros , dando dignidade para à população.

* * *

A pesquisa
Foram ouvidos 1.060 moradores-eleitores de Bertioga no dia 2 de abril, em diferentes pontos de fluxo do município. A amostra é composta na mesma proporção de gênero, faixa etária, escolaridade e renda presente no total do eleitorado, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral, de fevereiro de 2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A Badra Comunicação e seu profissional estatístico estão registrados no Conselho Regional de Estatística da 3ª Região.

Com a divulgação do resultado de Bertioga, a Badra Comunicação encerra essa rodada de pesquisas com vistas ao pleito de 2024. Na primeira quinzena de maio o instituto fará idêntica consulta nos quatro municípios restantes da Baixada Santista, Itanhaém, Praia Grande, São Vicente e Santos. A equipe técnica do instituto trabalha nesse momento na análise e definição dos nomes que comporão os discos de pesquisa da pergunta estimulada, o que requer técnica e olhar atento ao cenário político em cada um deles.

“É uma lista composta de modo técnico, disso não abrimos mão, resultado da análise do cenário político local, o que contempla tanto, por exemplo, o desempenho numa eleição anterior, um mandato de reconhecimento popular na Câmara Municipal, a admissão desde já da pré-candidatura à prefeito, o potencial eleitoral e histórico dos partidos em eleições municipais anteriores, entre outros”, comenta Maurício Juvenal.
 

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