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Três gênios, três mundos: o legado de Orson Welles, Sigmund Freud e Enéas Carneiro

Neste 6 de maio, o mundo relembra três personalidades que deixaram sua marca no cinema, na psicologia e na política com ideias ousadas e trajetórias inspiradoras.

Robson de Castro

06/05/2025 - terça às 21h22

Em tempos tão distintos quanto suas trajetórias, Orson Welles, Sigmund Freud e Enéas Carneiro ocuparam espaços centrais em áreas fundamentais para a sociedade: arte, ciência e política. Unidos simbolicamente pelo dia 6 de maio — data de nascimento de Welles e Freud e de falecimento de Enéas —, esses três nomes representam figuras que ousaram desafiar o senso comum, confrontar estruturas estabelecidas e marcaram época com suas ideias e vozes singulares.

 

A cada um deles, um legado que permanece vivo e que ainda provoca reflexão, admiração e debate.


Orson Welles: o cineasta que reinventou a narrativa

Nascido em 6 de maio de 1915, Orson Welles é lembrado não só como um diretor genial, mas como um revolucionário da linguagem cinematográfica. Seu filme Cidadão Kane (1941), frequentemente citado como o maior da história do cinema, introduziu técnicas visuais e narrativas que moldaram o futuro da sétima arte.

 

Além do cinema, Welles ficou famoso por sua adaptação radiofônica de A Guerra dos Mundos, que em 1938 causou pânico nos EUA ao ser transmitida como se fosse uma notícia real. Seu gênio, porém, também era temperado com polêmica: em entrevistas, fazia críticas contundentes — “Woody Allen não é engraçado. Nunca foi”, disse certa vez.

 

Mesmo enfrentando cortes dos estúdios e sendo considerado "difícil", seu legado permanece inquestionável: inspirou gerações de cineastas e redefiniu o que o cinema poderia ser.


Sigmund Freud: a mente por trás da psicanálise

Freud, que nasceu em  6 de maio de 1856, segue influente como o pai da psicanálise. Suas ideias sobre o inconsciente, os sonhos e os mecanismos de defesa romperam paradigmas no século XX.

 

“A humanidade sofreu três grandes feridas narcísicas: Copérnico nos tirou do centro do universo, Darwin nos ligou aos animais, e eu mostrei que não somos senhores de nossa própria mente”, escreveu o pensador austríaco.

 

Até hoje, seu pensamento provoca debates — seja na clínica, na arte ou na filosofia. Ele mesmo dizia:

 

“Ser totalmente honesto consigo mesmo é um bom exercício.”

 

Segundo o Le Monde, Freud foi “um explorador da alma que redefiniu o íntimo humano”. Mais do que teórico, tornou-se símbolo de uma nova era de autoconhecimento.


 

Enéas Carneiro: o patriota inesquecível da política brasileira

Em 6 de maio de 2007, o Brasil perdeu uma das vozes mais icônicas da política nacional. Médico, professor, físico e deputado federal, Enéas Carneiro ficou conhecido pelo carisma explosivo e pelo bordão inesquecível: “Meu nome é Enéas!”.

 

Fundador do PRONA, defendia um Brasil soberano e independente, com forte investimento em ciência, tecnologia e defesa. Seu discurso era firme, direto, e recheado de nacionalismo:

 

“Nosso país pode ser uma grande nação no século XXI, desde que o povo tome consciência disso.”

 

Apesar de seu estilo controverso, Enéas recebeu milhões de votos e permanece, para muitos, um símbolo de resistência às velhas práticas políticas.

 

Três nomes, um mesmo espírito insubmisso

O que une Welles, Freud e Enéas? A coragem de desafiar sistemas. Seja nas artes, na mente humana ou na construção de um país, eles ousaram ser diferentes. Ousaram pensar à frente de seu tempo.

 

Neste 6 de maio, mais do que lembrar suas datas, vale relembrar seus legados — e refletir sobre o que fazemos hoje com o que eles nos deixaram.

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