ECONOMIA INDUSTRIAL
Maiores produtores de etanol do Brasil, em apoio ao projeto piloto da Maersk, reafirmam o protagonismo nacional na transição energética e posicionam o etanol como alternativa viável para o setor naval
Da Redação
22/10/2025 - quarta às 15h00
Esta iniciativa de sucesso abre caminho para novas alternativas sustentáveis de propulsão naval, demonstrando a prontidão da solução. - Divulgação
A.P. Moller – Maersk e Everllance, gigantes globais de transporte marítimo, após o recente ciclo de discussões da Organização Marítima Internacional (IMO) sobre o futuro marco regulatório de emissões, apresentaram em uma iniciativa de apoio ao plano mundial de descarbonização do setor naval o seu posicionamento conjunto, que visa sublinhar a importância de soluções de baixo carbono com escala e disponibilidade imediata. A despeito do resultado das discussões sobre o Net-Zero Framework (NZF), Maersk, Everllance e os produtores brasileiros de etanol mantêm seu foco em soluções tangíveis para um futuro mais limpo. Na ocasião, também estiveram presentes as principais produtoras e comercializadoras de etanol do Brasil, como Atvos, Copersucar, FS, Inpasa e Raízen.
O posicionamento conjunto fortalece a posição técnica e regulatória do Brasil no debate internacional, evidenciando que a transição energética não depende de um único marco regulatório. Em diversos países, o etanol já é amplamente utilizado como aditivo ou combustível direto no transporte rodoviário.
Brasil como protagonista da transição energética
Ao apoiar a iniciativa da Maersk, as produtoras e comercializadoras reforçam o compromisso do Brasil em buscar um futuro energético mais limpo, competitivo e baseado em fontes renováveis alinhados a agenda ambiental e os esforços globais pela neutralidade de carbono, independentemente dos ritmos regulatórios internacionais.
A validação do etanol no transporte marítimo representa enorme oportunidade para o Brasil, maior produtor global de combustíveis renováveis. Em uma projeção conservadora, se apenas 10% da demanda projetada de bunker (combustível marítimo) em 2030 for substituída por etanol, a demanda resultante seria equivalente a toda a produção atual do país — um impulso expressivo para a economia nacional, geração de empregos e novos investimentos em infraestrutura, inovação e certificação – a safra recorde de 24/25 foi de 34,96 bilhões de litros.
As produtoras defendem a urgência de um padrão global sólido para combustíveis, baseado em emissões de ciclo de vida e transparência, garantindo que a transição utilize as soluções mais eficientes e disponíveis. "Apoiamos plenamente o trabalho futuro da IMO para analisar a compatibilidade do etanol com tecnologias marítimas, a competição por matérias-primas, o ciclo de vida e os processos de certificação. A colaboração contínua entre produtores, usuários e reguladores será essencial para consolidar o papel do etanol na matriz energética do setor, e continuaremos a investir e demonstrar a viabilidade do etanol, independentemente dos desafios regulatórios que se apresentem", concluem as produtoras brasileiras de etanol.
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