SAÚDE
Como resultado da queda nos níveis da testosterona, os homens acabam apresentando quadros de diminuição da libido, ganha de peso, insônia, disfunção erétil, calvície, irritabilidade, perda de massa muscular e ósses e outros sintomas.
da Redação BS9 - Victor Persico
30/03/2023 - quinta às 13h00
No homem, a testosterona é o principal hormônio androgênico. É essencial para o sistema reprodutivo, ou seja, para a fertilidade - Reprodução
A reposição hormonal masculina é um tratamento baseado na reposição sintética da testosterona, o que pode acabar decaindo sob diversos fatores, como obesidade, problemas de saúde, estresse psicológico, medicamentos ou como consequência natural do envelhecimento (andropausa).
Como resultado da queda nos níveis da testosterona, os homens acabam apresentando quadros de diminuição da libido, ganha de peso, insônia, disfunção erétil, calvície, irritabilidade, perda de massa muscular e ósses e outros sintomas.
Segundo o endocrinologista, Dr. Paulo Maccagnan, "No homem, a testosterona é o principal hormônio androgênico. É essencial para o sistema reprodutivo, ou seja, para a fertilidade. Além de ser um hormônio sexual é também um anabolizante. Assim, a diminuição da testosterona pode causar infertilidade, diminuição do desejo sexual, dificuldade na ereção, diminuição da pilificação, fraqueza por perda de massa muscular e perda de massa óssea. Também pode provocar perda na disposição geral, perda da autoestima, alterações do sono e depressão".
A reposição hormonal masculina é diferente da mulher, que invariavelmente apresenta a menopausa, o que acarrta em uma deficiência abrupta de seu principal hormônio sexual, o estrôgenio. "No homem, o termo andropausa não é totalmente aceito pois a queda fisiológica da testosterona geralmente ocorre de foma lenta já a partir de cerca dos 50 anos de idade". Nem todos os homens se queixam das alterações, contudo, a indicação da reposição não deve ser feita baseada apenas na dosagem laboratorial do hormônio. "Devemos levar em conta as queixas dos pacientes combinadas com a dosagem da testosterona e a presença ou não de outras doenças", explica Dr. Maccagnan.
Vale lembrar que há várias doenças que causa deficiência de testosterona, "o que devem ser descartadas antes de atribuir a queda de hormônio a uma condição fisiológica esperada. Deste modo, a dosagem de testosterona é feita com coleta simples de sangue. Lembrando que os valores de referência variam conforme a idade".
Após a cofirmação do diagnóstico, "o tratamento consiste em administrar a testosterona em doses adequadas e seguras. Evitamos a via oral pois o risco de alterações metabólicas é alto, especialmente para o fígado. Assim, as vias geralmente usadas são a via intramuscular (injeções mensais ou trimestrais) e a via transdérmica (uso diário de gel). A monitorização dos níveis de testosterona e consultas regulares devem ser feitos regularmente para evitar o uso abuso ou deletério da droga".
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