TARIFAÇO
Após divulgação, entidades empresariais e setoriais se manifestam
Adriana Moraes
14/08/2025 - quinta às 17h40
O governo divulgou o plano de contingência para minimizar os efeitos do tarifaço tratando como prioridade os negócios de pequeno porte. Foram disponibilizados 30 bilhões de reais em recursos para concessão de crédito, com taxas acessíveis. As pequenas e médias empresas também poderão recorrer a Fundos Garantidores para acessar o crédito. Esse acesso está condicionado à manutenção de emprego.
Apesar do anúncio, as condições do financiamento, os níveis dos juros subsidiados e os prazos de pagamento ainda serão definidos na semana que vem pelo Conselho Monetário Nacional. E a Receita Federal, que foi autorizada a fazer o adiamento de cobrança de impostos para as empresas mais afetadas pelos próximos dois meses (setembro e outubro), precisa agora tratar da deliberação dessa medida.
Entre as iniciativas com efeito imediato, estão as compras públicas. União, estados e municípios poderão fazer compras para seus programas de alimentação (para merenda escolar, hospitais etc) dos produtos afetados pelas sobretaxas unilaterais, especialmente os perecíveis, como peixes e frutas.
Veja como a divulgação do plano repercutiu
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), manifestou apoio ao plano anunciado pelo governo federal para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Em nota oficial, declarou que “medidas para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional são importantes e demonstram compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais.”
A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), também em nota, disse reconhecer que o pacote de medidas anunciado pelo Governo Federal representa um avanço no apoio às empresas exportadoras afetadas pela sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos.
Já a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) informou que reconhece que as medidas anunciadas representam um esforço para conter parte dos prejuízos. Mas, segundo a entidade, “o impacto real sobre a preservação da competitividade industrial dependerá da agilidade na execução e da eliminação de barreiras burocráticas que atrasam a chegada do apoio ao setor produtivo.”
Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) é fundamental que as pequenas e médias tenham acesso rápido às ações do programa. A nota da federação reforça que haja “agilidade na implementação das medidas do governo federal para mitigação dos impactos para empresas fluminenses.” E reitera ainda a continuidade do diálogo entre os governos e a abertura de novos mercados e consolidação de acordos bilaterais com outros parceiros.
Já para o SIMPI Nacional (Sindicato da Micro e Pequena Indústria), as “medidas do governo ajudam, mas a crise do tarifaço ainda impacta gravemente micro e pequenas empresas", declarou o presidente do sindicato Joseph Couri.
Deixe a sua opinião
ver todos