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ECONOMIA

Pix parcelado pode mudar o acesso ao crédito para milhões de PMEs brasileiras

Com regulamentação prevista para o fim de outubro, nova modalidade deve impulsionar vendas e ampliar o acesso ao consumo

Da Redação

13/11/2025 - quinta às 18h00

Com o avanço do Pix parcelado, previsto para ser oficializado ainda em outubro, o mercado financeiro brasileiro se prepara para uma nova virada. A modalidade, que permitirá parcelar compras diretamente no Pix, sem intermediação tradicional de crédito, representa um marco na evolução dos meios de pagamento. Segundo relatório da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix foi o meio de pagamento mais utilizado no país em 2024, somando 63,8 bilhões de transações e movimentando R$ 26,9 trilhões, um aumento de 52% em relação ao ano anterior.

 

De acordo com Ticiana Amorim, fundadora e CEO da Aarin, o Pix parcelado pode redefinir como pequenas e médias empresas (PMEs) lidam com crédito e fluxo de caixa. "Essa modalidade é uma ponte entre o consumo e o crédito acessível. Para as PMEs, o impacto vai muito além das vendas: estamos falando de previsibilidade financeira, acesso mais simples ao crédito e maior controle sobre margens e recebíveis", afirma.

 

De acordo com o estudo Geografia do Pix, do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, mais de 60% da população brasileira já utiliza o Pix mensalmente, o que reforça o potencial de alcance da nova modalidade.

 

O Pix parcelado cria uma camada adicional de complexidade e oportunidade para o ecossistema financeiro. Ao permitir que instituições ofereçam crédito integrado ao sistema, com liquidação imediata para o lojista e pagamento em parcelas para o cliente, a ferramenta pode ampliar a inclusão financeira; ao mesmo tempo, exige uma gestão de risco mais estratégica por parte das empresas.

 

Para as PMEs, esse movimento representa tanto oportunidades de crescimento quanto desafios operacionais. A concorrência tende a se intensificar, especialmente entre fintechs, bancos digitais e varejistas que buscam fidelizar clientes com crédito facilitado. Por outro lado, margens comprimidas e inadimplência são riscos reais: taxas muito baixas reduzem a rentabilidade e a falta de controle de crédito aumenta a probabilidade de atrasos nos pagamentos. Por isso, é fundamental ter estratégias sólidas de precificação e automação financeira, como uma inteligência de dados robusta, para crescer com segurança.

 

Outro ponto de atenção é o tempo de resposta. Antes, modalidades como cartão ou boleto davam alguns dias até a liquidação. Com o Pix parcelado, tudo acontece praticamente em tempo real — o que aumenta a necessidade de soluções tecnológicas para acompanhar recebíveis e evitar desequilíbrios. "O Pix parcelado é um convite à maturidade financeira, e vai cobrar que as empresas enxerguem seus números e riscos com clareza para sair na frente", finaliza Ticiana.

 

 

Sobre a Aarin

A Aarin é o primeiro hub tech-fin especializado em Pix e Embedded Finance no Brasil. Atualmente faz parte do grupo Bradesco e fornece serviços com enfoque financeiro incluso na experiência do usuário, possibilitando que qualquer empresa possa prestar serviços financeiros para sua base de clientes. Através do Smart Core, os negócios podem ofertar seus próprios serviços financeiros sem que precisem ser um banco. Nascida em Salvador (BA), a Aarin passou por M & A multimilionário com o grupo Bradesco em agosto de 2022.

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