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Minha Casa, Minha Vida influencia novo cálculo do INCC

A nova composição é baseada em orçamentos fornecidos por construtoras de maior expressão no cenário nacional, segundo o instituto. Esses orçamentos correspondem a projetos residenciais executados entre 2018 e 2022

da Folhapress/Ana Paula Branco

22/06/2023 - quinta às 00h01

A partir de julho, as ponderações do novo INCC serão apresentadas em três padrões construtivos: econômico, médio e alto - Reprodução

O FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) anunciou nesta quarta-feira (21) mudanças no cálculo do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), importante indicador para monitorar o comportamento do mercado imobiliário e da construção civil no Brasil.

O INCC é usado para calcular o custo dos materiais usados em construções e ajusta as prestações do financiamento de imóveis em construção durante o período de obras. Depois do imóvel pronto, o financiamento é feito diretamente com o banco com outro índice de correção.

A partir de julho, as ponderações do novo INCC serão apresentadas em três padrões construtivos: econômico, médio e alto. Os materiais analisados também mudam e serão dispostos em novas nomenclatura e hierarquia. A revisão da metodologia, afirma o instituto, servirá para acompanhar as mudanças na estrutura de custos da construção civil. A última alteração foi feita em 2009.

Segundo André Furtado Braz, da FGV Ibre, as construtoras poderão consultar o INCC do seu padrão de construção (se é de alto padrão ou médio padrão, por exemplo), usando o indicador com "mais conforto" para captar a evolução dos custos de obra. A ampliação do índice inclui a gestão de projetos de habitação social, como o Minha Casa, Minha Vida, que, hoje, representa grande parte das vendas do setor construtivo.

A nova composição é baseada em orçamentos fornecidos por construtoras de maior expressão no cenário nacional, segundo o instituto. Esses orçamentos correspondem a projetos residenciais executados entre 2018 e 2022.

Na versão atual do índice, existem 52 subitens, dos quais 11 são relacionados à mão de obra. Com o novo cálculo, foram eliminados ou agrupados os itens com menor representatividade no custo total das obras. Agora, são 79 tipos de material, equipamento e serviço, incluindo 19 categorias de mão de obra relevantes.

De acordo com o FGV Ibre, a separação dos orçamentos por padrão da construção revelou diferenças no peso dos materiais e equipamentos entre construções de diferentes padrões e tecnologias, conforme o público a que o empreendimento se destina.

PESOS DOS PADRÕES CONSTRUTIVOS NO INCC
A abrangência geográfica do INCC será mantida. O índice nacional continuará contando com sete cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília, cada uma respondendo por uma parcela do INCC. Esses pesos foram obtidos das Contas Regionais do IBGE e refletem, de acordo com o PIB, a participação da construção civil nos estados onde esses municípios estão localizados.

PESOS DAS CAPITAIS NO INCC
O INCC foi um dos primeiros índices desenvolvidos para monitorar a evolução dos custos da construção no Brasil. Criado em 1944, consolidou-se como um dos mais importantes indicadores de preços para o segmento, sendo também um dos componentes do IGP (Índice Geral de Preços) do FGV Ibre.

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