Governo de SP institui a Academia do Turismo SP para impulsionar qualificação e inovação no setor

O governador Tarcísio de Freitas publicou hoje (10) o decreto que institui o programa Academia do Turismo SP, uma iniciativa inédita voltada à qualificação profissional, empregabilidade e inovação. Com a medida, o governo cumpre mais um compromisso assumido com a sociedade paulista. A iniciativa, liderada pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado (Setur-SP) e desenvolvida com a participação conjunta da Casa Civil e das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Educação e do Fundo Social, visa criar um grande ecossistema de desenvolvimento e articulação para educação, pesquisa, inteligência de dados, inovação e sustentabilidade no turismo paulista.

A Academia do Turismo SP se alinha a outras importantes iniciativas governamentais, como o recente lançamento do maior programa de combate à pobreza, que tem na qualificação profissional um de seus eixos fundamentais. Até o momento foram oferecidas 37 mil vagas em cursos de formação profissional voltados ao setor e a meta é alcançar 100 mil vagas até 2026.

"A qualificação de profissionais para toda a cadeia do turismo tem sido uma das maiores preocupações do setor, especialmente considerando seu crescimento e o desafio de recompor a força de trabalho que se deslocou para outras áreas durante a pandemia, quando o turismo foi o primeiro a entrar em crise e o último a se recuperar. São Paulo apresenta uma solução robusta para essa demanda ao lançar a Academia do Turismo. É mais um passo importante para o fortalecimento do turismo que representa quase 10% do PIB paulista", diz o secretário de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.

A Academia do Turismo SP é um hub de qualificação que já reúne 27 instituições parceiras entre universidades, centros tecnológicos, entidades de classe, secretarias estaduais e organizações do setor privado. Entre os parceiros estão SENAC, IFSP, USP, Unesp, Sebrae, FAPESP, Fundação Florestal, ABAV-SP, Braztoa, Aprecesp, Amitesp, Univesp e Centro Paula Souza.

Com a assinatura do decreto, o programa passa de uma fase piloto para se consolidar como uma política pública permanente, estruturada em quatro eixos estratégicos: Educação; Sustentabilidade e Inovação; Empregabilidade; e Governança. O objetivo é preparar o setor para os desafios do presente e do futuro, ampliando as oportunidades de formação profissional e promovendo a excelência dos serviços turísticos em todo o território paulista.

No eixo da Educação, a Academia do Turismo já apresenta resultados expressivos. Foram realizados workshops presenciais e online na capital e em municípios do interior paulista, reunindo mais de 400 participantes para discutir temas como empregabilidade, formação profissional e tendências do mercado.

Além da formação tradicional, o programa investiu em cursos pilotos de curta duração, desenvolvidos com base em demandas locais entre 2023 e 2025, beneficiando cerca de 250 alunos de São Paulo, Avaré, Guarujá, Campinas e Olímpia. Estão previstas ainda este ano novas turmas em Bofete, Ibiúna, Cotia, São Roque, Ribeirão Preto e Itapecerica da Serra, ampliando o alcance da capacitação.

Na educação básica, a parceria com a Secretaria da Educação possibilitou a oferta de disciplinas eletivas de turismo e empreendedorismo em mais de 115 escolas estaduais, impactando até agora mais de 10 mil alunos. Além disso, foi implantado o curso técnico de hospedagem, com mais de 1.700 estudantes matriculados.

O eixo de Sustentabilidade e Inovação contempla ações voltadas à produção de conhecimento e à busca por soluções inovadoras para o setor. Um dos marcos foi a assinatura de convênio com a FAPESP, permitindo a oferta de bolsas de pesquisa por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa Regular, incentivando a geração de dados, estudos e tecnologias aplicadas ao turismo.

Foram desenvolvidos também estudos, com destaque para quatro pesquisas estratégicas: Desafios enfrentados por gestores públicos na área de turismo; Levantamento com o trade turístico sobre habilidades e competências desejadas; Tendências de mercado relacionadas ao profissional do turismo 4.0; Perfil da mão de obra atual, incluindo competências e índices de empregabilidade.