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David Ogilvy revolucionou a publicidade e ainda é referência

Pai da propaganda instituiu o rigor científico e o respeito ao consumidor

Robson de Castro

23/06/2025 - segunda às 21h00

David Ogilvy, nascido em 23 de junho de 1911 e falecido em 21 de julho de 1999, foi um publicitário britânico cujo legado moldou os alicerces da propaganda moderna. 


Fundador da Ogilvy & Mather em 1948, sua agência faturou 55 milhões de dólares em 1963 — com campanhas para marcas como Rolls-Royce, Shell, KLM, Chase e Guinness. Conhecido como “pai da propaganda”, Ogilvy uniu métodos científicos, criatividade e ética num modelo de negócio eficaz.


Sua filosofia repousava sobre quatro pilares principais: grande ideia criativa, pesquisa fundamentada, foco em resultados reais e disciplina profissional. Formado em Oxford, ele iniciou carreira como vendedor e pesquisador no instituto Gallup, antes de transformar a publicidade por meio de testes e mensuração rigorosa, enfatizando que “se você não testar, nunca saberá”.


Ogilvy defendia o respeito absoluto ao consumidor. Em 1955 cunhou a frase: “O consumidor não é um idiota; ela é sua esposa”, alertando contra a hipérbole e a subestimação da inteligência do público. Ele explicava que anúncios devem ser informativos, interessantes e sempre testados — “o que você diz é mais importante do que como você diz”.


Colegas e contemporâneos reconheceram seu impacto. Rory Sutherland, vice-presidente da Ogilvy & Mather, afirmou: “Você pode ser tão emocional quanto quiser, mas precisa haver um fio condutor, por mais sutil que seja, que ligue isso ao seu negócio”. Já na visão de Austin McGhie, seu pensamento permanece atual: “Se queremos entender nossos clientes, teremos que compreendê-los profundamente”.


Suas campanhas se tornaram icônicas. Para a Rolls-Royce, escreveu em 1959: “A 100 quilômetros por hora, o ruído mais alto neste novo Rolls-Royce vem do relógio elétrico”. Com a Dove, em 1956, sua manchete “Querido, estou tendo uma experiência extraordinária... estou perdidamente apaixonada pelo DOVE!” equilibrou emoção e razão — um marco da publicidade objetiva.


Em seus livros — Confissões de um Publicitário (1963) e Ogilvy sobre Publicidade (1983) — ele compartilhou máximas que influenciam gerações: “Se não vende, não é criativo.”, “Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse.”, “Grandes ideias vêm do inconsciente... mas precisam estar bem informadas”.


Mais do que criatividade, David Ogilvy enfatizou trabalho árduo: “Trabalho duro nunca matou ninguém. Homens morrem de tédio... não de esforço”. Ele alertava contra a pretensão: “Nosso ramo está infestado de idiotas que tentam impressionar usando jargão pretensioso”. Sua visão combinava imaginação e resultados, sempre com honestidade: “Diga a verdade, mas torne a verdade fascinante”.


Até hoje, agências se espelham em sua abordagem: unir ciência e arte, criatividade que vende e ética no trato com o público. Em um mundo saturado de jargão e ruído, Ogilvy permanece referência viva: o homem que, com frases diretas e mente curiosa, colocou o consumidor no centro e elevou a publicidade à arte de persuadir com inteligência e verdade.
 

 

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