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Abrasel reforça defesa pela volta do horário de verão diante do aumento da conta de luz

Entidade defende que a medida pode aliviar os custos com energia, estimular setores estratégicos da economia e pede urgência na decisão para que haja tempo hábil de implementação ainda neste ano

Da Redação

10/06/2025 - terça às 08h21

O horário de verão foi revogado em 2019, sob a alegação de que a economia de energia havia se tornado irrelevante devido às mudanças no perfil de consumo da energia elétrica. - Magi Social Midia

O mês de junho começou com a reativação da bandeira vermelha nas contas de luz, anunciada pela Aneel. A tarifa ficou R$ 4,463 mais cara a cada 100 kWh consumidos, em razão da queda no volume de chuvas e da consequente redução na capacidade dos reservatórios das hidrelétricas. O cenário retoma uma discussão que tem ganhado força diante da pressão no consumo energético: a volta do horário de verão.

 

Desde que a medida foi revogada, a Abrasel tem defendido sua retomada como uma alternativa simples e com potencial de gerar benefícios concretos para a população e a economia. "O horário de verão é uma medida de baixo custo para o governo, mas que pode ajudar a reduzir o consumo de energia em horários de pico e ainda estimular o setor de serviços. É o momento de encarar essa possibilidade com seriedade, diante de um quadro que tende a se agravar nos próximos meses, já que iniciamos o mês de junho em bandeira vermelha e o período de estiagem no centro-sul do país está só começando", afirma o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

 

"No ano passado, a principal justificativa para a não adoção da medida foi a falta de tempo hábil. Desta vez, o governo tem a oportunidade de agir com antecedência, permitindo um planejamento adequado e eficaz para sua implementação", completa Solmucci.

 

Em uma pesquisa realizada pela Abrasel e pelo Reclame Aqui, em setembro de 2024, 55% dos consumidores declararam ser favoráveis ao retorno do horário de verão. Entre os entrevistados, 43,6% apontaram a economia de energia como principal vantagem, 47,9% disseram ter mais tempo para o lazer e 35,2% relataram sentir-se mais seguros ao voltar do trabalho com mais luz natural no início da noite.

 

Justificativa para o fim da medida precisa ser reavaliada

 

O horário de verão foi revogado em 2019, sob a alegação de que a economia de energia havia se tornado irrelevante devido às mudanças no perfil de consumo da energia elétrica. No entanto, o atual cenário de tarifas elevadas e incertezas no abastecimento hídrico exige uma nova avaliação.

 

Além dos possíveis ganhos na eficiência energética, a retomada da medida pode favorecer setores que dependem da mobilidade urbana e da presença do consumidor. "Quando ainda há luz natural, o brasileiro se sente mais estimulado a sair ou permanecer nas ruas. Isso favorece a movimentação em bares, restaurantes, lojas e outros negócios, além de ampliar a sensação de segurança. É um efeito positivo em cadeia, do qual a economia e a população saem beneficiadas", destaca Paulo Solmucci.

 

Diante da nova cobrança da tarifa vermelha e da perspectiva de desafios crescentes para o sistema elétrico nacional, a Abrasel reforça o apelo para que o governo federal reavalie a política atual e considere a retomada do horário de verão. "O momento exige decisões baseadas em dados atualizados e no interesse coletivo. O horário de verão pode ser uma solução estratégica para mitigar os impactos financeiros do setor elétrico e fortalecer segmentos essenciais da economia, mas essa decisão precisa ser discutida com urgência para que não seja postergada novamente", conclui Solmucci.

 

 

 

Tatiane Ferreira

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